"De Thereza Miranda as casas
meditam no tempo e no espaço.
Há um silêncio isento de asas
no céu que eu, cativo, abraço.
De Thereza Miranda as ruas
são roteiros de solitude.
Nelas vão ocultar-se, nuas,
memórias que o progresso elude.
De Thereza Miranda o Cristo
dilacerado - é seu destino -
tem um negro brilho imprevisto,
e da gravura brota um hino."
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
Rio de Janeiro, 15/1/1983
Inaugurada no dia 21 de julho no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro a exposição Impressões de Thereza Miranda. A mostra, que foi aberta no dia em que a artista comemorou seus 80 anos de vida, também marca os 45 anos de sua atividade artística. Impressões é a primeira grande retrospectiva da obra de Thereza Miranda, na qual, pela primeira vez, o público pode ver toda a sua trajetória em um mesmo espaço. A curadoria, a cargo de Franklin Espath Pedroso, selecionou e dividiu, poeticamente, 140 obras desse percurso.
Este projeto, capitaneado pela produtora Martha Pagy, começou pela escolha do Museu de Arte Moderna para a realização da mostra: no MAM Thereza iniciou sua carreira na gravura, quando freqüentou, de 1963 a 1969, o curso de gravura de Walter Marques e Edith Behring. De aluna a professora, só deixou o Museu em 1987. “Quando Thereza nos chamou aceitamos imediatamente, pois esta viagem por sua vida e obra tem duplo objetivo: prestar-lhe justa homenagem por sua contribuição à construção da identidade cultural brasileira e, ao mesmo tempo, reunir e sistematizar dados sobre sua trajetória, oferecendo ao público a oportunidade rara de apreciá-los”, declarou Martha Pagy.
A exposição inicia com as séries Germinação, Nova Germinação e Germinação Vida, gravuras em metal em que a temática é uma elegia à vida. São trabalhos da década de 1960, destacando-se as primeiras gravuras em água forte em que as cores são suaves, passando por texturas realçadas até que se transformam em mandalas com inúmeros detalhes. Em seguida estão expostas as fotogravuras realizadas durante a temporada de estudos em Londres. São imagens que, nas palavras de Franklin Espath Pedroso, sugerem “...embriões filmados dentro de um corpo humano”. Uma obra desta série foi capa da revista londrina Arts Review
No diálogo com a arquitetura das séries Multidões, Carnaval, Maranhão, Minas Gerais e Rio de Janeiro, evidencia-se a utilização da técnica da fotogravura e a interferência poética do traço no desenho da artista. A partir da série Minas, a paisagem passou a ser elemento recorrente de seus trabalhos, e o patrimônio natural constituiu-se como o grande tema das séries Amazônia, Floresta da Tijuca, Fernando de Noronha, Praias do Rio, Pantanal, Paraná e Porto Seguro. No início dos anos 1990, a artista retomou a pintura e manteve a natureza como principal foco de sua obra. Como define o curador Franklin Pedroso: “Thereza Miranda capta as imagens da natureza, oferecendo-as para contemplação atual e futura. Diante de suas obras não só apreciamos o objeto de arte como também despertamos nossas consciências para a preservação do meio ambiente. É a sua maneira de proteger e imortalizar o patrimônio natural.”
Este projeto, capitaneado pela produtora Martha Pagy, começou pela escolha do Museu de Arte Moderna para a realização da mostra: no MAM Thereza iniciou sua carreira na gravura, quando freqüentou, de 1963 a 1969, o curso de gravura de Walter Marques e Edith Behring. De aluna a professora, só deixou o Museu em 1987. “Quando Thereza nos chamou aceitamos imediatamente, pois esta viagem por sua vida e obra tem duplo objetivo: prestar-lhe justa homenagem por sua contribuição à construção da identidade cultural brasileira e, ao mesmo tempo, reunir e sistematizar dados sobre sua trajetória, oferecendo ao público a oportunidade rara de apreciá-los”, declarou Martha Pagy.
A exposição inicia com as séries Germinação, Nova Germinação e Germinação Vida, gravuras em metal em que a temática é uma elegia à vida. São trabalhos da década de 1960, destacando-se as primeiras gravuras em água forte em que as cores são suaves, passando por texturas realçadas até que se transformam em mandalas com inúmeros detalhes. Em seguida estão expostas as fotogravuras realizadas durante a temporada de estudos em Londres. São imagens que, nas palavras de Franklin Espath Pedroso, sugerem “...embriões filmados dentro de um corpo humano”. Uma obra desta série foi capa da revista londrina Arts Review
No diálogo com a arquitetura das séries Multidões, Carnaval, Maranhão, Minas Gerais e Rio de Janeiro, evidencia-se a utilização da técnica da fotogravura e a interferência poética do traço no desenho da artista. A partir da série Minas, a paisagem passou a ser elemento recorrente de seus trabalhos, e o patrimônio natural constituiu-se como o grande tema das séries Amazônia, Floresta da Tijuca, Fernando de Noronha, Praias do Rio, Pantanal, Paraná e Porto Seguro. No início dos anos 1990, a artista retomou a pintura e manteve a natureza como principal foco de sua obra. Como define o curador Franklin Pedroso: “Thereza Miranda capta as imagens da natureza, oferecendo-as para contemplação atual e futura. Diante de suas obras não só apreciamos o objeto de arte como também despertamos nossas consciências para a preservação do meio ambiente. É a sua maneira de proteger e imortalizar o patrimônio natural.”
Exposição: “Thereza Miranda - Impressões”
Local: Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro Site: http://www.mamrio.com.br/
Av. Infante Dom Henrique 85 Parque do Flamengo
Temporada: até 14 de setembro de 2008
Horário: de terça a sexta, 12h às 18h / sábado, domingo e feriado, 12h às 19h
Local: Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro Site: http://www.mamrio.com.br/
Av. Infante Dom Henrique 85 Parque do Flamengo
Temporada: até 14 de setembro de 2008
Horário: de terça a sexta, 12h às 18h / sábado, domingo e feriado, 12h às 19h
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